Como alunos, nós amamos quando os professores fazem algo diferente para ensinar, seja um ensino fora da sala de aula, no laboratório de informática, ou de ciências, ou ainda com materiais diferentes. E se você é professor, sabe o desafio que é prender a atenção dos alunos, quando há um mundo virtual possivelmente mais atraente que um quadro negro.
Um professor apaixonado em música mostrou que é possível incluir música nos seus estudos, sem que isso atrapalhe sua concentração. A matéria abaixo foi publicada primeiramente no Penn State News e teve sua tradução autorizada para o RIHANNA.com.br pela autora Jessica D. Buterbaugh.
“This article originally appeared on Penn State News with permission granted to RIHANNA.com.br by the author: Jessica D. Buterbaugh.”
O segundo andar do CEDAR, na Universidade do Estado de Penn não é nada especial. Os corredores são seguidos por paredes acinzentadas e portas para os escritórios. Mas no andar da Sala 210, os estudantes são gratificados com inspiração lírica.
Pendurado na porta do [professor] Jonté Taylor [aqui chamado também de JT] está uma simples lousa. Mas as palavras escritas nela são tudo, menos simples.
“Tento escrever citações motivacionais ou citações que são realmente ‘ásperas’ para deixar os estudantes pensando, pensando sobre o que é importante na vida”, o professor assistente de educação (educação especial) disse.
Cada citação é um trecho lírico de uma música de hip-hop porque, [o professor] Taylor disse, crescendo em um Mississipi rural, ele sempre amou músicas de todos os gêneros, mas tinha uma afinidade especial com o hip-hop.
“Eu sempre achei que o hip-hop tinha um rap ruim”, ele disse. “E eu queria mostrar que existe mais do que é simplesmente representado.”
“Sempre gostei de música e sempre usei música como ferramenta de ensino”, disse ele. “Quando você trabalha com estudantes, especialmente estudantes que exibem comportamentos desafiadores, é importante se conectar com eles em um nível pessoal. A música sempre foi esse conector para mim.”
“Eu pude fazer tanto com música para ensinar essas crianças e abordar onde elas têm necessidades”, disse ele.
“Eu usei ‘Umbrella’ da Rihanna para ensinar crianças com autismo sobre amizade porque, não, a música não é sobre chuva […]”
Essas lições foram importantes porque os alunos com autismo muitas vezes têm dificuldade com expressões idiomáticas e figuras de linguagem, explicou Taylor.
@Pharrell @PSU_CollegeOfEd @rihanna #hiphopquoteoftheweek #HipHopEd #hiphop #lol #notexactbutclose pic.twitter.com/vq58t2KM0z
— JT Taylor (@DOCJTTAYLOR) November 15, 2017
Acima, um tweet do professor com um trecho da música “Lemon”, que Rihanna fez uma participação. Em tradução livre, diz “A verdade te libertará, mas vai te irritar primeiro”.
Ele disse que foi capaz de usar as músicas “Diamonds” de Rihanna e “Diamonds of Sierra Leone” de Kanye West e combiná-las com a música de Nelly “Nellyville” para ensinar uma lição de ciências sobre pedras preciosas, incluindo rubis, diamantes e esmeraldas. A lição então se expandiu para uma aula de geografia e economia, quando a classe discutiu de onde vêm os diamantes, o que é um diamante de sangue e por que os diamantes são caros.
Enquanto trabalhava em escolas na zona rural do Alabama durante o início dos anos 2000, Taylor ensinava alunos que lidavam com uma série de desafios comportamentais. Durante uma discussão de classe, um estudante disse que ele havia contemplado a venda de drogas para ganhar dinheiro.
“Foi claramente uma idéia terrível, mas ele fez sua pergunta de um lugar legítimo durante a aula e se tornou uma discussão sobre os prós e contras de vender drogas”, disse Taylor, acrescentando que os colegas do estudante rapidamente apontaram que ele não seria bem sucedido. neste empreendimento porque ele não tinha as habilidades matemáticas necessárias.
“[A MÚSICA] AJUDA A ESTABELECER UMA CONEXÃO ENTRE VOCÊ E SEUS ALUNOS, SE elem Verem SUA PAIXÃO. AJUDA A HUMANIZAR VOCÊ EM SUA VISÃO. FAZ-LHE REAL A ELES, VOCÊ É UM SER HUMANO – APENAS UMA PESSOA comum.”
— Jonté “JT” Taylor
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